Meus amigos são todos assim...
Metade loucura, outra metade santidade. Escolho-os não pela pele, mas pela pupila, que tem
que ter brilho questionador e tonalidade inquietante. Escolho meus amigos pela cara lavada
e pela alma exposta. Não quero só o ombro ou o colo, quero também sua maior alegria.
Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto.
Meus amigos são todos assim...
Metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas
lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos, nem chatos. Quero-os
metade infância e outra metade velhice. Crianças, para que não esqueçam o valor do
vento no rosto, e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu
sou, pois vendo-os loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei
de que a normalidade é uma ilusão imbecil e estéril!...
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